O segredo é abrir o coração!

Regina, Mãe Social da Aldeias Infantis SOS de Juiz de Fora, fala sobre sua experiência de amor e dedicação com as crianças e adolescentes

“Cresci amando as crianças a minha volta. Minha vocação é sem dúvida, oferecer cuidado, educação e carinho.” Regina Maria de Fátima Oliveira, mais conhecida como “Tia Regina” começou a trabalhar aos 14 anos de idade em uma casa de família. Durante o dia era babá de duas crianças: Leonardo e Catarina, e a noite fazia o antigo Curso Normal (Magistério). Quando se formou trabalhou durante anos como professora de educação infantil, na zona rural. “Era um prazer enorme oferecer conhecimento a elas”, relembra.

Mas foi em 1996 quando conheceu o trabalho da Aldeias Infantis SOS Brasil e se encantou com a possibilidade de fazer parte do projeto. “Fui para São Paulo, visitei as Casas Lares de Poá, Rio Bonito e São Bernardo do Campo para ver de perto e comprovar o que era ser Mãe Social (Cuidadora Residente). Voltei para Minas Gerais decidida. Quero esse desafio para mim”. Em seguida passou pelo processo de seleção e treinamento e, em 17 de fevereiro de 1997 assumiu os cuidados do primeiro grupo de filhos sociais.

Em 2014, completou 17 anos como Mãe Social (Cuidadora Residente) na Aldeias Infantis SOS de Juiz de Fora e conta que criou fortes laços de amor: “Os meninos que já saíram me visitam sempre que podem. No dia das mães três deles vieram a minha casa, passaram o dia comigo e ainda ganhei uma bolsa linda. Quando preciso de alguma coisa, sei que posso contar, pedir ajuda. Se estou doente algum deles sempre está junto comigo. Hoje, são eles que me dão colinho.”

Apesar de ser uma profissão como outras em questões legais, a Mãe Social tem um perfil especial, com alguns segredinhos: “Para ser uma boa Mãe Social (Cuidadora Residente) é preciso abrir o coração, se doar, sentir que é sua missão de vida. Assim você consegue provar que tudo é possível, mesmo aquelas situações mais difíceis podem se transformar. O importante é caminhar em uma direção positiva. Respeitar a individualidade de cada um e ter diálogo. Dessa forma, vejo que meu trabalho resultou em bons frutos e sempre valeu a pena.”

Com 50 anos de idade, ao todo somam mais de 30 histórias de vida que já passaram pelos cuidados da Tia Regina. Atualmente tem realizado um amplo trabalho de apoio às famílias da comunidade do entorno, apoiando os jovens em seu processo de emancipação, principalmente no processo de inserção ao mercado de trabalho. Nas horas de folga gosta de estar ao lado de sua família e amigos e, ainda se dedica a Pastoral da Criança da região.

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