abril 29 2022
Refugiados brilham no desfile da Acadêmicos do Salgueiro no Rio de Janeiro
Aldeias Infantis SOS apoiou a seleção dos participantes e parabeniza a escola pela 6º posição no ranking das campeãs
Foto: © Ruben Salgado/ACNUR
Uma das festividades mais simbólica e aguardada pelos brasileiros é o Carnaval. Este ano, por conta da pandemia, o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro foi realizado nos dias 23 e 24 de abril, levando milhares de pessoas para prestigiar o espetáculo na Sapucaí.
Além das alegorias, fantasias e muito samba no pé, o evento também promoveu diversidade, cultura e representatividade. A escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, com o enredo “Resistência”, permitiu a participação de 20 pessoas refugiadas de cinco países: Angola, Marrocos, República Democrática do Congo, Síria e Venezuela.
A Aldeias Infantis SOS foi uma das organizações responsáveis pela seleção dos refugiados e pelo apoio na preparação para o desfile. Desde 2018, a Organização é parceira do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) no acolhimento e proteção de famílias venezuelanas que chegam ao Brasil. Este trabalho humanitário já apoiou mais de 2 mil pessoas, impactando diretamente em sua autonomia e desenvolvimento.
“Contar com a participação de pessoas de diversas nacionalidades em um evento como o carnaval é um grande marco. Significa dar visibilidade para a luta por direitos e uma vida digna em nosso país”, celebra Sérgio Marques, Sub Gestor da Aldeias Infantis SOS.
Conquistando a sexta colocação do grupo especial, a Acadêmicos do Salgueiro estará novamente na avenida neste sábado (30), no Desfile das Campeãs, permitindo mais uma vez a presença do grupo de refugiados na Sapucaí.
“A receptividade dos componentes do Acadêmicos do Salgueiro às pessoas refugiadas foi muito atenciosa, refletindo verdadeiramente o enredo entoado na avenida pela escola. Os brasileiros que integraram as alas ao lado das pessoas refugiadas ajudaram a todos nos ensaios e também nos últimos ajustes da fantasia antes de entrarem na Sapucaí. É este o apoio que necessitamos da sociedade brasileira como um todo, para que os refugiados se sintam como parte dos processos que integram”, afirmou o representante do ACNUR no Brasil, José Egas.
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