abril 23 2018

Infância em Risco - Campanha quer que todas as crianças cresçam em família

Realizada em 19 países da América Latina pela organização humanitária internacional Aldeias Infantis SOS, #MeImporta defende que nenhuma criança deve crescer sozinha e aponta impactos quando separada de sua família.

Clique aqui e faça parte da campanha

Ninguém nasce para crescer sozinho

Na América Latina e no Caribe, vários fatores comprometem o direito das crianças de crescer com o cuidado de uma família protetora e afetiva. Pobreza, migrações, desastres naturais, deficiência, enfermidades, além de violência tem separado filhos de seus pais e mães em todo o continente. 

Por exemplo, sabe-se que na região 47% das crianças entre 0 e 14 anos vivem na pobreza. Além disso, 60% das crianças entre 2 e 14 anos sofrem violência contínua em suas casas como forma de disciplina. E quase dois milhões de crianças da região são vítimas de exploração sexual comercial. 

Capas para as redes, vídeos de Whatsapp e muito mais #MeImporta

Por que crianças foram ou podem ser separadas da família?

Muitas famílias, por vezes, não podem dar aos seus filhos os cuidados adequados, negando seus direitos fundamentais reconhecidos internacionalmente e, ficando assim, expostos a situações que colocam a sua integridade em risco como a violência doméstica e a situação de pobreza extrema. A estas crianças são negados o direito à infância.

Mas se vivem na pobreza e violência, por que mantê-las na família?

A família é o lugar de referência para todas as pessoas. Por isso, perder o cuidado de um filho porque políticas públicas não foram implementadas corretamente para melhorar a renda, empregabilidade, educação e cultura das pessoas, é uma violação dos direitos dessa família. 

No caso de violência, o fato de condutas agressivas por parte de um dos responsáveis pelo cuidado da criança, cujo acompanhamento legal se faz necessário, não deve afastar a criança de sua família de origem (irmãos) ou mesmo a família extensa, composta pelos tios, avós, primos etc..

Com a presença, responsabilidade e atenção de adultos que cuidam dessas crianças, tudo isso pode ser evitado. Por isso, é essencial que sejam feitos esforços para apoiar as famílias em risco de perder o cuidado de seus filhos ou que já os tenham perdido, buscando fortalecer suas habilidades de cuidado, garantindo ambientes seguros e adequados ao desenvolvimento infantil.


E o que quer a campanha?

É nesse contexto que a Aldeias Infantis SOS lança a campanha #MeImporta em 19 países da América Latina e do Caribe. 

O objetivo é mobilizar pessoas, organizações sociais, empresas e governos a atuar na garantia de viver em família.

Concebida pro bono pela BBDO Argentina, uma das melhores agências de publicidade da região, a campanha #MeImporta une-se aos esforços que diferentes integrantes da sociedade civil, instituições e espaços nacionais, regionais e internacionais já estão realizando para garantir o direito das crianças de viver em família.

Algumas agendas da campanha são compartilhadas por todos os países participantes, como é o caso da completa falta de dados sobre o risco de separação de crianças e seus responsáveis. 

Assim como está no cerne da iniciativa conseguir o posicionamento sobre crianças que perderam o cuidado de suas famílias, como um assunto da resolução sobre os Direitos das Crianças da Assembleia Geral das Nações Unidas em 2019, quando se comemoram os 10 anos da criação das Diretrizes das Nações Unidas sobre Cuidados Alternativos para Crianças. 

A falta de dados específicos (que poderiam direcionar melhor as políticas públicas nacionais) também é uma realidade brasileira. O que se sabe, é que no país existem em torno de 48 mil crianças e adolescentes separados de suas famílias, segundo o Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA). Enquanto pouco mais de 7 mil já estão para adoção, o restante a espera de ser reintegrado a sua família de origem. 

No caso do Brasil um dos objetivos é a revisão do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Criança e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (PNCFC), de 2006, com uma proposta que pretende dar ainda mais foco na atenção às famílias, na prevenção à separação familiar e institucionalização de crianças.  


 

Por que #MeImporta?

#MeImporta é o compromisso que a organização propõe à sociedade como um todo: afirmar que nos preocupamos com crianças que não crescem em uma família. Vamos levantar nossas vozes para dizer que toda criança deve viver em uma família que cuide dela.
Ao deixar sua assinatura, você diz que se importa e dá ainda mais peso à campanha. 
Participe usando a hashtag #MeImporta nas redes sociais e deixando sua assinatura em www.meimporta.org  

 

E o que faz a Aldeias Infantis SOS Brasil?

Com foco no desenvolvimento infantil, temos como base o cuidado de qualidade e o fortalecimento de famílias para romper o ciclo de pobreza e violência, criando oportunidades para vencer sua própria vulnerabilidade. Isso acontece quando: 
  • • Acolhemos crianças separadas de suas famílias em ambientes acolhedores (casas-lares) 
  • • Atuamos com planos de desenvolvimento familiar com foco em cuidado de qualidade e empregabilidade. 
  • • Asseguramos que as crianças acolhidas voltem ao cuidado de sua família de origem ou, quando isso não é possível, sua família extensa (avós, tios, irmão etc.)  
  • • Advogamos pelo direito de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias e pela correta implementação de políticas públicas para eles
Capas para as redes, vídeos de Whatsapp e muito mais #MeImporta