junho 15 2021

Aldeias Infantis SOS atua em emergência humanitária na Espanha para proteger crianças e adolescentes refugiados

A organização, que junto a crianças, adolescentes, jovens e famílias que perderam o direito ao cuidado parental ou estão em risco de perdê-lo, denuncia o tratamento recebido por crianças e jovens migrantes desacompanhados em Ceuta

Estima-se que ao menos 1.000 crianças e adolescentes cruzaram a fronteira entre Marrocos e Espanha nas últimas semanas, arriscando suas vidas e transformando a cidade espanhola de Ceuta em um epicentro de uma crise migratória que requer resposta imediata. Com o objetivo de fornecer soluções concretas à atual emergência humanitária e garantir o bem-estar das crianças desacompanhadas de Ceuta, a Aldeias Infantis SOS (SOS Children’s Villages) disponibiliza às Administrações Públicas os seus recursos de proteção, cuidados socioeducativos e colocação profissional.

A organização atua no cuidado direto à criança e conta com programas de acolhimento residencial e familiar que podem promover a integração dos meninos e meninas desacompanhados, assim como programas de apoio para os adolescentes e jovens até sua plena integração social e profissional. Estes serviços estão disponíveis em dez Comunidades Autônomas.

Perante a violação de direitos que está acontecendo na fronteira, a Aldeias Infantis SOS exige “a proteção imediata de todas as crianças e o fim de suas deportações, consideradas ilegais pelas convenções internacionais de proteção das crianças por colocarem estes menores em risco”. A organização lembra que essa prática só é permitida quando a criança expressa sua vontade de voltar.

Por fim, a organização denuncia que há crianças e adolescentes em centros esportivos superlotados e galpões industriais, outros vivendo nas ruas, famílias separadas, e pessoas não atendidas de acordo com o direito internacional. Nesse sentido, a Aldeias Infantis SOS considera imprescindível mapear imediatamente esses perfis mais vulneráveis ​​para que possam receber atenção individualizada e psicossocial adequada e que seja definir a melhor solução para cada caso.

A situação vivida em Ceuta evidencia mais uma vez a necessidade de rotas migratórias seguras e políticas de acolhimento e proteção para quem atravessa a fronteira. A Aldeias Infantis SOS também destaca a importância de conhecer a situação nos países de origem para poder levar a cabo políticas de cooperação que respondam às suas necessidades.

“Crianças e adolescentes são as vítimas mais vulneráveis ​​desta crise humanitária, especialmente aqueles que estão sozinhos; cada criança é única e tem o direito de ser respeitada. O rótulo de 'migrante' ou 'refugiado' não pode ser usado para desrespeitar seus direitos, independentemente de seu status migratório ou de seus pais”, conclui a organização.


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