Um ano de guerra na Ucrânia

Entenda a atuação da Aldeias Infantis SOS no país

Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP
 

A guerra na Ucrânia continua a ameaçar a vida de milhares de crianças, a negar os seus direitos fundamentais e afastá-las de suas famílias. No final de 2022, estimava-se que 17,7 milhões de pessoas necessitavam de assistência humanitária urgente, incluindo 3,4 milhões de crianças que precisavam de medidas de proteção. 

A situação continua especialmente terrível para mais de 100.000 crianças - das quais, cerca de metade são portadoras de deficiência - que viviam em várias instituições, como orfanatos e internatos, antes de o conflito começar. A Aldeias Infantis SOS na Ucrânia apoiou a evacuação de centenas de crianças e seus cuidadores, bem como de centenas de famílias em acolhimento para locais mais seguros no país. 

Contudo, à medida que a guerra entra em seu segundo ano, as instituições continuam a falhar na prestação de cuidados primários, apoio psicossocial e assistência às crianças. Os cuidados institucionais inadequados são prejudiciais ao bem-estar e ao desenvolvimento infantil, uma vez que, atenção individualizada e apoio emocional são essenciais para uma infância plena e saudável. 

"As crianças em cuidados institucionais estão entre as que enfrentam maiores riscos de negligência, violência e tráfico, especialmente em uma guerra em curso", relata Serhii Lukashov, Diretor Nacional da Aldeias Infantis SOS na Ucrânia.    
 

Resposta à guerra 
 

Durante o ano passado, a Aldeias Infantis SOS na Ucrânia promoveu proteção infantil e assistência humanitária para mais de 125.000 pessoas, das quais, cerca de 74.000 são crianças.  O apoio foi fornecido por meio de recursos financeiros a 23.000 famílias; além de ações com foco na saúde mental e aconselhamento psicossocial a mais de 17.000 crianças e seus cuidadores, devido aos traumas da guerra. 

A Organização Mundial de Saúde estima que aproximadamente 9,6 milhões de pessoas na Ucrânia possam ter algum problema de saúde mental.   

"As crianças têm direito a cuidados de qualidade e proteção, incluindo o acesso aos serviços de saúde mental na Ucrânia e em países que recebem refugiados. Com a nossa presença local e internacional, as Aldeias Infantis SOS estão em uma posição central para apoiar famílias imigrantes e crianças em deslocamento, desacompanhadas ou separadas das suas famílias. Temos de dar as mãos para garantir que elas sejam protegidas e recebam cuidados apropriados", afirma Dr. Dereje Wordofa, presidente da Aldeias Infantis SOS Internacional. 
 
As Associações-Membros nos países vizinhos juntaram-se aos esforços e ajudaram mais de 11.000 ucranianos(as). A ajuda humanitária incluiu alojamento, aconselhamento em saúde mental e acesso a escolas e serviços básicos.  As Aldeias Infantis SOS na Polônia, Itália e Letônia receberam famílias ucranianas evacuadas pouco depois do início da guerra e continuam a acolhê-las. 

Em 2022, o valor financeiro desprendido pela Organização na Ucrânia, e pelas Associações-Membros, foi de 31,49 milhões de euros para apoiar as crianças e famílias. 

Em 2023, a Aldeias Infantis SOS pretende ajudar diretamente pelo menos 170.000 crianças e adultos na Ucrânia. 

Aldeias Infantis SOS na Ucrânia 
 

A Organização atua há mais de 19 anos na Ucrânia. Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, intensificou seus esforços para proteger as crianças, expandindo os seus programas para 17 regiões no país.  

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