outubro 9 2020

Infância feliz

Como o amor de Max pelo futebol ajudou crianças no mundo todo

 

 

Max Eriksson sonhava com um mundo melhor. Ele era um garoto sueco apaixonado por futebol e entre seus ídolos, o jogador Romário, era um dos seus preferidos. Quando uma terrível tragédia causou a sua morte, em 1995, a família de Max decidiu fazer algo para manter seu espírito vivo, honrando um de seus desejos: ajudar outras crianças.

Fundação Max Minne

Um ano após a tragédia, a família Minne, composta pelos pais e irmãs de Max, criou a Fundação Max Minne, em memória do seu querido integrante. Maja Minne, irmã do garoto, relembra com carinho dos seus planos: “Quando eu crescer, quero ser jogador de futebol profissional e me mudar para o Brasil. Também quero ajudar as crianças que vivem em um cenário de pobreza”. Ela conta que Max considerava o futebol brasileiro o melhor do mundo!

Ao conhecerem o trabalho da Aldeias Infantis, a família começou a financiar diversos projetos das nossas associações pelo mundo: Brasil, Estônia, Angola, Húngria, Vietnã, Camboja e Rússia.

Max Eriksson, com a camisa do Romário

Durante anos eles realizaram leilões e outros eventos para angariar recursos na fazenda onde Max cresceu, que chegavam a mobilizar toda a cidade.

Quando eles souberam que a Aldeias Infantis SOS Brasil, em Jacarepaguá, precisava de um campo de futebol, não pensaram duas vezes em financiar a construção. Isso significava realizar o desejo de Max: ajudar outras crianças!

Em 2000, os Minne vieram ao Brasil e conheceram o campo de futebol, que levava o nome do seu filho. Maja conta que a família foi muito bem recebida e presenteou as crianças brasileiras com camisetas e chuteiras de futebol.

O campo de futebol, em Jacarepaguá, foi um lugar de felicidade e lembranças guardadas com carinho por muitas crianças. Duas delas, hoje adultos, são o André Ferreira, de 36 anos e a Camila Vasconcelos, de 19. 

André Ferreira

André chegou à Casa Lar (serviço de acolhimento), em Jacarepaguá, quando tinha 7 anos. 

Ele lembra com afeto dos momentos vividos no campo de futebol: "O campo era um lugar de felicidade e liberdade, onde, além de jogar futebol, eu pulava corda e brincava de esconde-esconde. O esporte foi fundamental para o meu desenvolvimento. Nunca vou me esquecer dos rostos dos meus amigos quando vencemos o campeonato disputado no campinho”.

Atualmente, André vive em Jacarepaguá, com a esposa e o filho. Ele está cursoando a Faculdade de Educação Física e trabalha na Aldeias Infantis, em Itanhangá, auxiliando nos cuidados da unidade.

 

Camila Vasconcelos

Camila foi acolhida na Casa Lar, em Jacarepaguá, quando tinha 10 anos de idade. Nos primeiros dias, o novo ambiente foi um pouco difícil para ela, pois era tímida e não conversava muito com as outras crianças.

Mas em pouco tempo ela se adaptou e fez novos amigos, principalmente porque começou a jogar futebol diariamente, depois da escola.

"Era o meu momento favorito do dia e mal podia esperar para chegar na Aldeias Infantis e ir para o campo", conta Camila.

Além desta atividade, a jovem adorava brincar de esconde-esconde e escalar árvores no campinho, mas a sua paixão sempre foi o futebol:

Eu vou continuar jogando, é um esporte que eu amo! Quando eu era criança ajudou muito no meu desenvolvimento. Eu comecei a ser mais sociável e confiar mais nas pessoas”.

Hoje, Camila vive com a família em Itanhangá e está cursando o ensino médio. Para o futuro, a jovem sonha em ser fotógrafa.

Agradecemos todo o apoio da família Minne, que contribuiu com a Aldeias Infantis SOS Brasil. Sua solidariedade ajudou dezenas de crianças a terem uma infância feliz e um futuro promissor!