abril 7 2025

Mãe participante do Núcleo SOS de Apoio às Famílias é eleita representante do CMAS

Com uma síndrome rara, Eliziete enfrentou muitos desafios e passará a contribuir com o Conselho Municipal de Assistência Social de Lorena (SP) 

 

A trajetória de Eliziete Gonçalves da Silva é um exemplo de superação e protagonismo. A mãe de 38 anos é a sobrevivente mais velha no país entre as pessoas que possuem a síndrome rara de Schwartz Jampel. E, entendendo a importância de sua história, se candidatou e foi eleita como a mais votada representante do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) de Lorena. Sua caminhada até essa conquista passou por muitos desafios, incluindo a luta para garantir os direitos de sua família. 

Eliziete que já era mãe, lutou contra o estigma do capacitismo e hoje se apresenta como uma mãe atípica por adoção, pois fez a importante escolha de adotar uma criança com Síndrome de Down. No processo de busca por auxílio para lidar com os dilemas e reivindicar a garantia de direitos de suas filhas, hoje com 13 e 17 anos, encontrou diversos obstáculos. No entanto, sua história começou a mudar em 2023, quando passou a fazer parte do projeto Núcleo SOS de Apoio às Famílias, da Aldeias Infantis SOS de Lorena, cidade do interior paulista. 

A partir desse acompanhamento, Eliziete teve acesso à informação, orientação e formação sobre seus direitos. Foi nesse processo que ela percebeu sua capacidade de representar outras pessoas nos espaços de decisão social. Agora, como Representante do CMAS, ela assume a responsabilidade de levar as demandas da comunidade e contribuir para a construção de políticas públicas mais inclusivas. 

 

 

Seu papel no Conselho exige participação ativa nas reuniões ordinárias mensais, nas quais será inicialmente acompanhada pela equipe da Organização, além de eventuais encontros extraordinários. Assim como os demais conselheiros e conselheiras, ela passará por capacitações para compreender melhor o funcionamento do CMAS e sua atuação na garantia de direitos. 

Talvez seu maior desafio seja ocupar esses espaços de representação e expressar suas perspectivas enquanto usuária do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). No entanto, sua história de superação mostra que ela tem força e determinação para enfrentar esse novo capítulo de sua vida. Sua presença no CMAS não apenas amplia sua voz, mas também inspira outras pessoas a reivindicarem seus direitos e a ocuparem espaços de decisão. 

“A Aldeias Infantis SOS sempre me deu total apoio e assistência. E hoje, estou aqui representando o Conselho como mulher com deficiência física e uma mãe de crianças atípicas. Agora que faço parte dos órgãos de assistência social, meu desejo é poder entender as demandas e os direitos da população”, comenta Eliziete.  

A Aldeias Infantis SOS celebra essa conquista e reafirma seu compromisso em apoiar famílias a construírem seu futuro para que possam desenvolver suas comunidades. O caminho de Eliziete é um testemunho vivo de que o acesso à informação e ao suporte adequado pode transformar realidades. 

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