Uma heroína fora dos quadrinhos

Solimar, de origem venezuelana, encontrou um novo caminho no Brasil  
 

Imagine ter sua casa furtada. Seu carro, móveis, uma vida de trabalho tirada de você. Infelizmente, Solimar e sua família passaram por esta tragédia em seu país de origem, a Venezuela.  

Mas como uma mulher guerreira, ela não se deu por vencida. Ela sabia que tinha que seguir em frente e este caminho começava no Brasil, mais especificamente em Pacaraima (RR), onde ela chegou com seu filho, Jose Andrés, em 2018.   

A irmã de Solimar, que já morava na cidade, a esperava. A mãe e o filho foram viver na casa de uma amiga com a irmã, e se mantinham com a venda de produtos artesanais venezuelanos, utensílios domésticos e bijuterias.   

Com o fechamento da fronteira entre o Brasil e a Venezuela na época, as vendas de Solimar despencaram e ela se viu em um cenário desesperador: “Eu rezava todos os dias para não ter que dormir na rua com o meu filho.”   

E, os desafios não paravam de chegar. Tania, filha de Solimar que vivia na Venezuela com o marido, ligou para a mãe contando que estava grávida e queria ir para o Brasil, pois desejava um futuro melhor para sua filha.  

Com a chegada de Tania e seus recursos financeiros se esgotando, Solimar e a família foram viver em um abrigo da ONU na cidade, até o nascimento de Ana Izabel, sua neta. Com o programa de interiorização de refugiados venezuelanos, eles agora tinham um novo destino: João Pessoa, na Paraíba.  

A cidade mais verde do nosso país tornou-se o lar da família López. Acolhidos pela Aldeias Infantis SOS Brasil, Solimar recorda da experiência na organização: “Recebemos muito apoio dos profissionais da ONG durante os 11 meses que fomos atendidos. Meu filho foi matriculado na escola, fizemos curso de português, tínhamos acesso aos serviços de saúde e participamos de um curso de panificação, que hoje é uma das nossas fontes de renda.”  

Além da venda de doces e bolos na praia e nos restaurantes de João Pessoa, Solimar também trabalha como secretária em um escritório, onde começou como faxineira. “Sou formada em Administração Tributária na Venezuela, mas ainda preciso validar o meu diploma aqui no Brasil. Também quero voltar a estudar e ampliar os meus conhecimentos.”  

Para todas as mulheres, ela deseja: “Não se deem por vencidas, independente da situação. Enfrentem qualquer adversidade com boas ideias e invistam em novos projetos. Sou mãe solteira, passei por muitas dificuldades e nunca desisti. Nada é impossível nesta vida!”  

E, por falar em superação, outra mulher que representa essa palavra é Jandira! Uma mulher guerreira, que sonha em abrir sua padaria no futuro. 

www.aldeiasinfantis.org.br/engaje-se/noticias/recentes/mulheres/jandira-e-sinonimo-de-superacao

 

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