abril 26 2021

“Parceria com a Aldeias Infantis tem sido primordial”

Jose Egas, representante do ACNUR no Brasil, ressalta a importância do nosso trabalho para os migrantes e refugiados 

 

A Aldeias Infantis SOS Brasil é parceira do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) desde 2018 e, por meio deste trabalho humanitário, nossa organização já apoiou mais de 2 mil pessoas, impactando diretamente em sua autonomia e desenvolvimento no Brasil. 

Nosso país tem o maior número de refugiados venezuelanos reconhecidos na América Latina. Como resposta a este grande fluxo de pessoas, principalmente em Roraima (fronteira com a Venezuela), foi criada a Operação Acolhida, uma grande força tarefa humanitária, coordenada pelo Governo Federal com o apoio de agências da ONU e de mais de 100 organizações da sociedade civil, entre elas a Aldeias Infantis SOS Brasil. 
 
“Nosso papel é facilitar o acesso dos migrantes e refugiados à documentação, serviços de saúde e educação, assim como apoiá-los em sua independência e integração local, promovendo cursos de português, oficinas e parcerias com empresas”, ressalta Sérgio Marques, Subgestor Nacional da nossa organização. 

O objetivo da parceria entre as organizações é promover um recomeço às pessoas que chegam ao país, apoiando-as desde os primeiros momentos em solo brasileiro, e também, realocando-as de Roraima a outras cidades, por meio da estratégia de interiorização. Durante a Assembleia Geral da Aldeias Infantis, em março, Jose Egas, representante do ACNUR no Brasil, ressaltou a importância da nossa ong no acolhimento às famílias venezuelanas:  

“A Aldeias Infantis SOS Brasil é a nossa maior parceira na execução da estratégia de interiorização. Por meio desta estratégia, já ajudamos mais de 49 mil pessoas, promovendo suporte antes, durante e depois do deslocamento. O trabalho com a organização tem sido primordial para atender os migrantes, principalmente os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças desacompanhadas e pessoas com deficiência. Agradecemos o serviço de grande qualidade realizado pela ONG, especialmente aos públicos com necessidades específicas”. 

Entre janeiro e novembro de 2020, mais de 18 mil venezuelanos foram interiorizados no país. Com a pandemia da Covid-19, esse trabalho se tornou ainda mais essencial. Por meio de um protocolo emergencial, foram adotadas medidas de segurança e conscientização sobre as formas de proteção contra o vírus, culminando em iniciativas inovadoras, como o projeto Empoderando Refugiados Warao e Migrantes da Venezuela para Proteger suas Comunidades contra COVID-19, realizado em Belém e Ananindeua (PA), em parceria com o ACNUR e financiamento do Fundo Canadá. Conheça o projeto.

Atualmente, a modalidade institucional onde estão inseridas as ações de interiorização, apoiadas pela Aldeias Infantis e pelo ACNUR, é considerada uma das mais seguras e sustentáveis do país. Além dos serviços de proteção e articulações com as redes de assistência social locais e atores governamentais, as organizações também fornecem um apoio financeiro às famílias em maior situação de vulnerabilidade, para que possam suprir suas necessidades básicas e incentivar sua autonomia fora dos centros de acolhida. 

“Nosso objetivo é qualificar cada vez mais a parceria com a Aldeias Infantis. Acompanhando diariamente as famílias, identificando suas necessidades, realizando pesquisas de satisfação e produzind​o materiais informativos sobre os serviços realizados nos centros de acolhida. Esperamos que o nosso trabalho seja fortalecido e juntos, possamos continuar protegendo os refugiados mais vulneráveis no Brasil”, concluiu Degas, em sua participação durante a Assembleia. 

Neste cenário de crise sanitária, os migrantes e refugiados encontram barreiras ainda maiores para se estabilizarem em nosso país. Por isso, celebramos esta parceria tão essencial com o ACNUR e seguiremos lado a lado por um futuro melhor para as famílias venezuelanas! 

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