março 31 2023

Aldeias Infantis SOS divulga pesquisa sobre crianças acolhidas em Capão da Canoa (RS)

Diagnóstico avalia atendimento aos direitos das
crianças e adolescentes e riscos de ruptura dos vínculos familiares no município 

 

 

A Aldeias Infantis SOS apresentou nesta quinta-feira (30), na Câmara Municipal de Capão da Canoa (RS), um diagnóstico quanto ao atendimento aos direitos das crianças e adolescentes em serviços de cuidados alternativos no município, localizado a cerca de 140 km de Porto Alegre.  

O documento traz informações importantes acerca de meninos e meninas encaminhados às casas lares e informações sobre famílias em risco de perder cuidados parentais. A análise contribui para o estabelecimento de políticas públicas que evitem que crianças e adolescentes sejam retirados de suas famílias, além de agilizar o retorno daqueles já acolhidos.  

A pesquisa integra as atividades do Núcleo SOS de Apoio às Famílias da Aldeias Infantis SOS, que busca realizar o fortalecimento de famílias e apoiá-las a partir da qualificação do cuidado familiar. Para tanto, a Organização mantém acompanhamento sistemático e, com base no plano de desenvolvimento familiar específico de cada família, apoia as pessoas com orientações e recursos financeiros e/ou materiais, de acordo com as necessidades identificadas. 

 

 

O diagnóstico é resultado de uma pesquisa concluída no início deste ano, supervisionada pelo Instituto Bem Cuidar (IBC), divisão de pesquisa e produção de conhecimentos da Aldeias Infantis SOS, em parceria com a Prefeitura de Capão da Canoa. Entre os resultados, já constata a importância do trabalho de prevenção à ruptura de vínculos realizado pela Organização no município. 

Conforme a coordenadora do Núcleo SOS de Apoio às Famílias em Capão da Canoa, a assistente social Cristiane Pires, um dos achados aponta que, em 2022, contrariando o histórico desde 2018, em que cerca de pelo menos 50% das crianças e adolescentes avaliadas com necessidade de acolhimento pelo Conselho Tutelar e pelo CREAS efetivamente foram abrigadas, menos de 3% foram retiradas de suas famílias no ano passado. 

 

 

Com previsão contratual de atendimento a até 25 famílias, o Núcleo SOS atendeu a 43 entre maio de 2022 e fevereiro de 2023. Para o cientista social José Carlos Sturza de Moraes, coordenador do Instituto Bem Cuidar e supervisor da pesquisa, o trabalho de preservação de vínculos, realizado pelas Aldeias Infantis SOS, é um sucesso em todas as regiões do país.  

Moraes salienta que a pesquisa não é centrada no trabalho da Organização, mas sim no de toda a rede e sistema de garantia de direitos de Capão da Canoa. “Por meio de um trabalho ativo da Aldeias Infantis SOS para fortalecer as famílias em vulnerabilidade social, foi possível evitar que dezenas de meninos e meninas fossem retiradas de suas famílias de origem. O resultado vai ao encontro da missão de nossa Organização, que lidera um movimento global de cuidado e proteção deste público”, destaca o cientista social. 

 

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