novembro 6 2020
Projeto atende famílias indígenas da etnia Warao
Iniciativa em parceria com o Fundo Canadá beneficia centenas de pessoas
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Desde 2014, a Venezuela enfrenta uma crise econômica severa, que gerou um fluxo migratório de milhares de pessoas para o Brasil. Dentre elas, está um grupo étnico oriundo do norte da Venezuela, que há anos enfrenta as dificuldades do êxodo urbano e a xenofobia, o povo indígena Warao.
Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em 2019 já havia mais de 4 mil indígenas Warao em solo brasileiro, buscando melhores condições de vida.
Projeto Empoderando Refugiados Warao - Fundo Canadá
Uma vez no nosso país, os desafios enfrentados por essas pessoas são diversos: barreiras linguísticas, falta de acesso aos serviços públicos e escassez de oportunidades de trabalho.
Diante desse cenário, a Aldeias Infantis SOS Brasil em parceria com o ACNUR desenvolvem o projeto Empoderando Refugiados Warao e Migrantes da Venezuela para Proteger suas Comunidades contra COVID-19, financiado pelo Fundo Canadá, com foco na proteção e na garantia dos direitos fundamentais aos Warao. A iniciativa foi articulada junto com a Embaixada do Canadá e suas ações estão sendo executadas em Belém e em Ananindeua (região metropolitana da cidade), no Pará.
Atualmente, o projeto beneficia mais de 100 famílias indígenas e tem como objetivo o fortalecimento da comunidade Warao. As ações desenvolvidas são: ciclos de reuniões para construir estratégias de fortalecimento, encontros com a rede de proteção de Belém (assistência social, secretaria de segurança, educação e direitos humanos, defensoria pública, profissionais da saúde), atendimento de demandas emergenciais, visitas à comunidade Warao e a realização de pesquisas para formular políticas públicas junto ao Estado.
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Participação da própria comunidade
Os colaboradores da Aldeias Infantis SOS Brasil em Belém têm atuado em proximidade com os grupos indígenas para entender as suas necessidades.
Os Mobilizadores Sociais – que foram selecionados entre os Waraos –, são responsáveis por apresentar as prioridades das suas comunidades e disseminar informações. Isto possibilita que o projeto seja desenvolvido em conjunto com a população indígena, o que contribui para o desenho, avaliação e monitoramento da iniciativa.
São realizadas rodas de conversa e formações com os mobilizadores sociais, além da articulação com parceiros e esferas governamentais para garantir o acesso aos serviços essenciais para essa população.