novembro 12 2020
Ações com foco em saúde mental auxiliam imigrantes
O objetivo é apoiar a adaptação da comunidade Warao no Brasil
Financiado pelo Fundo Canadá, a Aldeias Infantis SOS Brasil e a ACNUR desenvolvem o projeto chamado Empoderando Refugiados Warao e Migrantes da Venezuela para Proteger suas Comunidades contra COVID-19, em Belém e em Ananindeua (região metropolitana da cidade), no Pará.
Com foco na proteção e garantia dos direitos fundamentais destas comunidades, a iniciativa também pretende cuidar da saúde mental das famílias atendidas.
Leila Silva, pedagoga da Aldeias Infantis, explica a importância de abordar essa temática em uma comunidade com tantas particularidades: “Os povos indígenas possuem as suas próprias concepções de saúde e de adoecimento, intimamente ligadas a práticas de cunho espiritual, por isso é essencial entendê-las, e trabalhar com foco no seu bem-estar.”
O uso abusivo de substâncias, como o álcool, tem sido observado como um dos grandes problemas enfrentados por essa comunidade. É uma questão extremamente delicada, pois esse comportamento pode levar ao aumento da violência, à baixa autoestima, à desvalorização das raízes culturais e, muitas vezes, ao rompimento dos laços comunitários.
Por isso, as equipes vêm realizando diversas atividades de conscientização sobre o uso excessivo do álcool e os efeitos negativos de outras drogas, bem como o acompanhamento sistemático dos casos mais graves. Também estão sendo desenvolvidas ações de fortalecimento com as mulheres indígenas, buscando o resgate de sua autoestima.
A ONG tem atuado junto aos órgãos de saúde da cidade paraense para garantir os atendimentos essenciais à essa população.