agosto 26 2024

Aldeias Infantis SOS doa mais de 105 toneladas ao Rio Grande do Sul

Organização segue em atuação no Estado
e já beneficiou mais de 14 mil pessoas desde maio 

 

 

Passados cem dias desde o início da ação humanitária em prol das vítimas da tragédia climática que acometeu o Rio Grande do Sul, o saldo do trabalho é relevante e a Organização segue em atuação no Estado. Até o momento, mais de 14,2 mil pessoas foram beneficiadas pelas doações promovidas pela Aldeias Infantis SOS que, somadas, ultrapassam a marca de 105 toneladas

Foram milhares de cestas básicas, itens de higiene, material de limpeza, água, roupas, fraldas, cobertores, colchões, cartões de alimentação, cartões com crédito para compra de materiais de construção, além da união de forças com outras organizações e ações coordenadas com os governos municipais, estadual e federal, consolidando a rede de solidariedade necessária para garantir que um número maior de pessoas fosse beneficiado.  

A doação de colchões foi um dos destaques do impacto social promovido na região. De uma única vez, a Aldeias Infantis SOS viabilizou a entrega de três mil unidades, que foram distribuídas pela Defesa Civil do Estado e classificada pelo Governo Estadual como a maior doação única por uma mesma organização. Ainda em parceria com Poder Executivo, a Aldeias Infantis SOS destinou cinco mil cobertores, que atenderam dezenas de municípios.  

 

 

Doações que contribuem para mudar a realidade de milhares de gaúchos em diferentes cidades e comunidades. Como os moradores da comunidade Fazendinha, onde moram 32 famílias com 49 crianças e adolescentes, e que fica localizada no bairro Sarandi, na capital gaúcha. No local, Gislaine Tamires de Oliveira, de 23 anos, vive com a filha Maria Luiza, de apenas dois anos. 

Apesar dos danos severos à sua casa, Gislaine está feliz por poder voltar ao lar, um abrigo simples, feito de madeira e agora marcado pelo nível água que a obrigou a deixar o local. Com o apoio da família, dos vizinhos e das ações da Aldeias Infantis SOS, ela e a filha estão retomando a rotina.  

 

Gislaine Tamires de Oliveira (23), moradora da comunidade Fazendinha.

 

Entre as pessoas beneficiadas há também quem hoje se une na busca por recursos e doações. É o caso da líder comunitária da Vila Asa Branca, também na capital gaúcha, Kellen Costa, que viveu o drama de perder a casa e seu local de trabalho, mas, ainda assim, encontrou forças para ajudar os vizinhos

Kellen atua agora como captadora de recursos no Banco Comunitário da Vila Asa Branca, instituição parceira da Aldeias Infantis SOS e que recebeu uma doação de 120 fogões, que foram armazenados e distribuídos com apoio das equipes que atuam na ação humanitária promovida pela Organização.  

“O apoio da Aldeias Infantis SOS foi muito importante. Eu não tinha um local seguro para armazenar as doações e a Organização não só me ajudou a guardar, como também distribuiu os fogões a todos", conta emocionada. 

 

Kellen Costa, lider comunitária e captadora de recursos no Banco Comunitário da Vila Asa Branca.

 

O trabalho da Aldeias Infantis SOS não consiste somente no subsídio de materiais que doados às pessoas. Além disso, com o trabalho das equipes técnicas compostas por psicólogos, assistentes sociais, assistentes de desenvolvimento familiar e comunitário, a Organização oferece suporte emocional, orientação social e cria espaços seguros para atendimento às famílias. 

As equipes fazem visitas periódicas às comunidades para verificar as necessidades dos moradores, entregar doações, cadastrar as famílias e, o mais importante, oferecer acolhimento e cuidado a essas pessoas. 

 

Ajuda não pode parar 

No entanto, o balanço positivo da ação de emergência não traduz a demanda existente. Dados recentes, divulgados pelo Governo Federal e do Estado do Rio Grande do Sul, apontam que muitos municípios atingidos pela enchente ainda seguem em estado de alerta ou calamidade, com mais de 2.800 pessoas vivendo provisoriamente em 71 abrigos localizados em 32 cidades. A Educação das crianças também segue de maneira alternativa, já que mais de 14,7 mil alunos estão estudando remotamente ou de maneira híbrida, pois as escolas sofreram danos estruturais ou estão servindo de abrigo. 

Na contramão da demanda, ocorre a natural redução no volume de informações circulando sobre a catástrofe, transmitindo à população em geral a falsa sensação de que a situação está normalizada, realidade de uma pequena parcela das pessoas atingidas. 

“Desde maio, oferecemos uma resposta digna para milhares de pessoas. Uma resposta de cuidado. Enquanto uma equipe é responsável pelas atividades do acolhimento daqueles que já estão sob os nossos cuidados, nós elaboramos ações coordenadas de emergência, pensando em respostas de médio e longo prazo, porque a ajuda não pode parar”, comenta Alex Thomazi, gerente da ação de emergência da Aldeias Infantis SOS. 

 

Alex Thomazi, gerente da ação de emergência da Aldeias Infantis SOS.

 

Thomazi destaca ainda a notoriedade do trabalho e orgulha-se do respeito conquistado com a ação humanitária por parte das pessoas assistidas.  Segundo ele, ao ver a chegada dos técnicos da Organização, uma moradora da Fazendinha comentou que a “Aldeias Infantis SOS havia colocado as botas e pisado no barro com deles”. 

“Estamos ajudando os invisíveis dos invisíveis da sociedade”, comenta o gestor, analisando o grau de abandono e destruição que muitas comunidades se encontram. A cada nova comunidade atendida, surgem novos relatos de famílias que perderam tudo e estão em busca do recomeço. Condição que eleva a responsabilidade da Organização em continuar executando sua ação de emergência. Ampliando a expertise da Aldeias Infantis SOS diante deste tipo de catástrofe, vivenciada pelas equipes técnicas em outras regiões do Brasil nos últimos anos, em cidades como Manaus, Recife, municípios do Sul da Bahia e em São Sebastião, litoral de São Paulo.  

No Rio Grande do Sul, a atuação da Organização contemplou pessoas nas cidades de Eldorado do Sul, Santa Maria, Santo Antônio da Patrulha, Guaíba, São Leopoldo, Passo Fundo, além da capital Porto Alegre e outros tantos municípios que receberam itens que foram entregues via Defesa Civil do Estado. 

Entre as organizações que contribuíram para esse resultado estão a Cruz Vermelha Internacional, ACNUR (agência da ONU para refugiados), Habitat Brasil, Cufa, Defensoria Pública Estadual, organizações religiosas e diferentes fundações de empresas parceiras da Aldeias Infantis SOS

Além de prestar contas a todos esses parceiros e aos milhares de doadores, que contribuíram com a campanha até o momento e permitiram arrecadar mais de cinco milhões de reais, a Aldeias Infantis SOS promove um novo chamamento público, convidando sociedade a continuar contribuindo com doações de qualquer valor através da chave pix@aldeiasinfantis.org.br

 

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