Por uma vida independente

Os grandes desafios de uma adolescente ao se preparar para a vida adulta

Quando uma criança não é adotada ou reintegrada à sua família de origem, ela precisa continuar acolhida até completar 18 anos. A partir dessa idade, o jovem deve deixar o local, mas ele não é abandonado. Foi o que aconteceu com a jovem Debora Pedroso, acolhida pelo programa da Aldeias Infantis SOS em São Bernardo do Campo, São Paulo.

Debora, 18 anos é a irmã mais velha de uma família de seis irmãos. Carismática, inteligente e perseverante, ela enfrenta os desafios que a vida apresenta sem reclamar; ela apenas segue em frente com seus projetos. Seu maior sonho é se tornar uma advogada. Atualmente, ela está no final do Ensino Médio e também em uma fase de transição: saiu do Programa de Acolhimento da SOS e atualmente e passou a morar sozinha.

A SOS a encaminhou para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), da prefeitura, e a jovem foi inserida no programa de auxilio moradia da cidade. Dessa forma, ela conseguiu custear o aluguel de uma residência, no bairro de Mizuho, próximo à SOS, assim ela ainda manteve contato e o vínculo afetivo junto aos seus irmãos. Isso deu a ela mais segurança e um desligamento gradativo do acolhimento.

 

O processo
Para fazer com que Debora chegasse a ter sua liberdade plena foi necessário dar início ao processo de Emancipação, Autonomia e Autossuficiência aos 15 anos. Com apoio de profissionais do serviço de acolhimento foi elaborado um plano de vida pautado em alguns eixos como emprego e controle de finanças

Emprego
Após período de formação técnica profissional e integração social, Debora iniciou como Jovem Aprendiz na Caixa Econômico Federal, porém sempre visando outras oportunidades de emprego.
 
Controle de finanças
Também foi preciso pensar em estratégias de como ter um gasto consciente do dinheiro, conhecer sua renda, pensar em suas futuras contas fixas (aluguel, água, luz e alimentação) e definir metas de como economizar, umas das estratégias estabelecidas e em comum acordo era abrir uma poupança em que 80% do salário deveria ser aplicado e somente ser resgatado mais futuramente.