Tecnologia social da Aldeias Infantis SOS é tema de capacitação de servidores públicos

Profissionais da Organização realizam capacitação sobre salvaguarda infantil e proteção de crianças e adolescentes com servidores do Rio Grande do Norte ​

Durante todo o mês de janeiro, um grupo de cerca de 20 de servidores públicos do município de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, tiveram a oportunidade de participar de uma formação online sobre salvaguarda infantil e proteção de crianças e adolescentes. Na ocasião, os participantes puderam conhecer a tecnologia social que permeia as atividades da Aldeias Infantis SOS, Organização global que lidera o maior movimento de cuidado do mundo, que atua na cidade desde 2019. 

A capacitação envolveu temas distintos como entornos seguros e protetores, prevenção de acidentes em espaços comunitários, código de conduta, com elaboração da missão, visão e valores do projeto para posterior construção coletiva do documento pelos educadores. Além disso, os servidores receberam noções do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e conscientização em temas de salvaguarda infantil, como afetividade consciente, parentalidade positiva, participação infantil e comunicação não violenta.  

Os ensinamentos serão aplicados durante a condução das atividades da Cidade Maritacaca, um espaço público feito especialmente para crianças, inaugurado recentemente na Praça Luiz Batista, no centro de Areia Branca. 

As aulas foram ministradas pela psicóloga Rita de Cássia Barbosa, responsável pela estratégia de salvaguarda da Aldeias Infantis SOS, e pela cientista social Erika Tonelli, especialista em entornos seguros e protetores, que enalteceram a relevância da proposta de trabalho oferecida pelo município na formação das crianças. 

“É importante uma formação tão abrangente para um espaço com uma proposta tão diferenciada de construção do conhecimento, da participação infantil sob a ótica da proteção dos direitos das crianças e do fortalecimento familiar e comunitário”, resumiu Erika Tonelli. 

Sob a ótica da Salvaguarda, Rita de Cássia destacou o olhar sobre o cuidado integral das crianças, que é possível quando os educadores envolvidos na formação se colocam como apoiadores e não condutores das atividades promovidas na Cidade Maritacaca, contribuindo para um espaço de respeito mútuo entre adultos e crianças.  

“Para poder cobrar respeito das crianças, os adultos precisam iniciar e praticar esse respeito com elas para que isso se torne mútuo e natural. Cria-se um cenário de abertura e confiança, onde meninos e meninas podem se sentir à vontade, ao ponto de relatarem algo que os incomodem. Isso permitirá, por exemplo, que os educadores identifiquem possíveis situações que infrinjam os direitos das crianças”, detalha a psicóloga.  

A Cidade Maritacaca é a primeira cidadela infantil com a proposta não somente recreação, mas também de educação, do Rio Grande do Norte. São 1.380m² de extensão com 14 imóveis, que vão desde Posto de Combustível, passando por duas residências, até o centro, que conta com agência bancária, biblioteca, supermercado, além de prédios públicos, como a Prefeitura e Câmara Municipal. 

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