Histórias de adoção

Quando uma família se completa ainda mais!

Adotar uma criança é uma grande responsabilidade, já que os pequenos precisam de todos os cuidados necessários. Ainda assim, é algo que possibilita um amor sem fronteiras, criando pessoas repletas de momentos felizes e de muito amor no coração. Esse ato é sem dúvidas, um gesto fantástico, que só traz benefícios a todos os envolvidos.

Mas, nem sempre é tão fácil assim de se alcançar esse sonho. De acordo com o Cadastro de Adoção (CNA), no Brasil, são atualmente 37. 401 pretendentes em um universo de 6.993 crianças e adolescentes para adoção.

Por exemplo, no Rio Grande do Norte, 358 pretendentes aguardam uma criança para adotá-la. Na outra ponta, 29 crianças ou adolescentes anseiam por uma família que as acolha, enquanto 14 já estão vinculadas a algum pretendente. A conta dificilmente fecha e o motivo em boa parte dos casos é porque as crianças estão fora do perfil pretendido pelos possíveis adotantes, mas existem histórias com finais felizes e dignas de serem contadas!
 

Segundas chances
Emanuel* chegou com apenas um mês de vida na Aldeias SOS de Mossoró, Rio Grande do Norte e apesar de sua alimentação não ter sido adequada para a sua fase de desenvolvimento, ele estava bastante saudável. Entretanto, o pequeno ainda inspirava cuidados e por isso, passou a ser supervisionado com mais atenção em uma das Casas Lar da organização.

Após cinco meses na SOS, o bebê foi finalmente encaminhado para uma família que estava em processo de “gestação” de um filho há oito anos. Assim que chegou ao novo lar, a criança já trouxe alegria e uma nova vida para os seus pais, que hoje se encontram radiantes e realizados com seu filho tão amado e esperado.

Outra história é a de Jonathan, 13 anos e que está na medida de acolhimento institucional praticamente desde os seus dois anos de idade. Em sua vida, ele já sofreu inúmeras violações de direitos advindos principalmente da sua genitora. Isso tudo lhe causou um transtorno mental e atualmente está em acompanhamento psiquiátrico na Aldeias Infantis SOS de Mossoró.

“Mesmo com essas dificuldades, o rapaz foi iniciado em um acompanhamento familiar, em que as pessoas mostraram interesse na adoção tardia do adolescente”, disse Flavia Cintia, cuidadora residente do programa.

"O vínculo afetivo tem o poder de nos moldar, construir referências e criar expectativas e sonhos. Ambos os casos de adoção, mudaram a vida desses meninos, e ao mesmo tempo nos mudou também, é preciso fazer além de nossas funções técnicas, acreditar na mudança também em milagres, esse é o sentido do nosso trabalho, falou Loana, psicóloga do programa.