Dia Internacional da Aldeias Infantis

Nossas crianças, nosso presente de dias melhores. 

Viver em família é um direito. Nenhuma criança deveria crescer sem o afeto de uma família. Mas, em toda a história da humanidade, nem todas as crianças tiveram esse direito. Porém, há 70 anos, milhares de pessoas se mobilizam para garantir esse direito à crianças e adolescentes. 

Tudo começou em Imst, na Áustria, em 1949, no pós-guerra, quando um homem bom resolveu se ocupar de crianças que estavam na rua, em uma praça. Não virou a face, mirou o grupo e foi ao seu encontro. Descobriu-as órfãs de guerra. Logo após, descobriu mães órfãs de filhos e maridos mortos na guerra e propôs aproximar os grupos: as mulheres que perderam suas famílias e as crianças que perderam seus pais e mães. Uma soma de perdas que fez a fortaleza de todas aquelas pessoas. Nascia a primeira SOS Children's Villages (Aldeias Infantis SOS). 

Aquele homem, Hermann Gmeiner, nascido em 23 de junho de 1919, também perdera a mãe aos 5 anos de idade e fora criado pela irmã. Experiência que o levou a sensibilidade com a dor alheia. Que só é alheia quando viramos a face e não estendemos a mão. 

Essa sensibilidade especial, voou alto. Hoje, a Aldeias Infantis SOS está presente em todos os continentes, em 136 países do mundo. Com nossas Casas Lares, somos a maior família do mundo. E não ficamos alheios às necessidades de cada país e cada localidade. No Brasil, em 11 estados e no Distrito Federal, do Amazonas ao Rio Grande do Sul, atendemos diretamente em torno de 4 mil crianças, adolescentes e jovens, além  de apoiar famílias para receberem seus filhos e filhas de volta e outras para que não percam o direito à convivência familiar com suas crianças e adolescentes. Assim como centenas de processos de adoção, em apoio ao trabalho do Poder Judiciário. 

Neste centenário do nascimento de nosso fundador, dos 70 anos de nossa existência em termos mundiais e dos 53 anos de funcionamento no Brasil, queremos celebrar agradecendo. Em especial, às mulheres que se ocuparam e se ocupam, como cuidadoras residentes, a serem mães sociais de filhos e filhas de outras pessoas aos quais elas estenderam as mãos e abriram e abrem o coração. Com amor e afeto, essas mulheres fazem a diferença. Da mesma importância, nosso agradecimento também à todos os profissionais que construíram e constroem nosso trabalho, em projetos e ações de fortalecimento familiar, geração de renda e tantos outros. E, fundamentalmente, você que também se solidariza com a dor alheia e estende a mão para nos apoiar. 

Afinal, crianças são nosso presente, esperançoso de dias melhores. Precisamos cuidar de suas necessidades e sonhos para que que trilhem o caminho do bem, porque o encontraram em corações solidários e comprometidos. Essa é a força que nos move. 

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