junho 21 2021

Aldeias Infantis SOS Brasil promove programação com crianças e adolescentes venezuelanos

Atividades foram realizadas em parceria com o UNICEF nos espaços do projeto Súper Panas, no Amazonas e Pará, com atividades recreativas, educativas e de apoio psicossocial 

 

Em homenagem ao Dia Mundial do Refugiado, celebrado no domingo, 20 de junho, a Aldeias Infantis SOS Brasil, por meio do projeto Súper Panas, realizado em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), promoveu a Semana do Refugiado, com diversas atividades para crianças e adolescentes indígenas venezuelanos da etnia Warao e não-indígenas, que residem nos espaços de acolhimento em Manaus, no Amazonas, e Belém, no Pará. O objetivo foi promover a conscientização e espaços recreativos em alusão à data. 

“Essa é uma data expressiva para conscientizar a todos sobre a situação destas milhares de pessoas que buscam em outros países um recomeço para suas vidas. Por isso, realizamos uma semana com atividades para essas crianças e adolescentes venezuelanos, nos espaços onde já acompanhamos as respectivas famílias, para que eles possam se sentir cada vez mais acolhidos, bem como tenham momentos de diversão e aprendizado”, afirmou Edson Bahia, coordenador geral do Súper Panas na Aldeias Infantis SOS Brasil.    

A programação da semana em homenagem ao Dia Mundial do Refugiado contou com rodas de conversa sobre direitos do imigrante, exibição de filmes, leitura de histórias e diversas dinâmicas para que essas meninas e meninos pudessem aprender brincando. Em Manaus, as atividades de recreação aconteceram nos quatro espaços do projeto: Terminal Rodoviário, Posto de Interiorização e Triagem para Imigrantes (Pitrig), localizados na zona Centro-Sul; e em dois locais no bairro Tarumã Açu, zona Oeste da cidade. Em Belém, as ações foram realizadas em quatro espaços da capital paraense e em três comunidades do município de Ananindeua, situado na região metropolitana.

 

“Nesse contexto extremo de transformações sociais e em meio à pandemia, o Súper Panas atua no sentido de assegurar que a população migrante e em situação de refúgio, em especial crianças e adolescentes, tenham acesso a espaços de recreação, lazer, diversão e aprendizado com segurança e proteção. Apesar do contexto de pandemia, as ações de cuidado e proteção são fundamentais para que essas meninas e meninos cresçam com segurança e alcancem a legítima emancipação”, declarou Debora Nandja, chefe do escritório do UNICEF em Manaus.  

No contexto da emergência migratória, o Brasil registra, até o momento, a entrada de mais de 264.000 migrantes, refugiados e requerentes de asilo venezuelanos. Estima-se que cerca de 30% desta população seja composta por crianças e adolescentes. Atualmente, estima-se que 25.000 residam no Amazonas, principalmente em Manaus; e quase 1.000 no Pará, em sua maioria, em Belém.  

Recentemente, o Brasil reconheceu 21 mil venezuelanos como refugiados, em uma decisão inédita reconhecida pelas Nações Unidas como fundamental dado o contexto de emergência e as necessidades de proteção internacional desta população.  

Sobre o Súper Panas    

O espaço Súper Panas – que pode ser traduzido como “super amigos” em espanhol – oferece atividades recreativas, educativas e de apoio psicossocial, integrando os programas de educação e de proteção da criança e do adolescente. A ação atua também na prevenção de violências, abuso e exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade.  

Ao total, são 25 espaços Súper Panas nos estados de Roraima, Amazonas e Pará, sendo quatro localizados em Manaus e um em Belém. Nesses espaços, em 2020, mais de 20 mil crianças e adolescentes venezuelanas participaram de atividades multidisciplinares oferecidas por educadores, monitores, psicólogos e assistentes sociais. Os Súper Panas integram as diretrizes de educação e proteção infantil conforme o que está estabelecido no Sistema de Garantia dos Direitos da Criança.  

Em Manaus e Belém, desde o primeiro semestre de 2020, os espaços Súper Panas são coordenados pelas gestões municipal e estadual, organizações da sociedade civil, como a Aldeias Infantis SOS Brasil, e o Exército Brasileiro, no âmbito da Operação Acolhida do Governo Federal.

São mais de 50 profissionais que, para atuação nestes espaços, foram capacitados pela nossa organização, pelo UNICEF e parceiros, com base em normativas nacionais e internacionais de atenção a crianças e adolescentes em situação de emergência. Parte desta equipe é composta por profissionais venezuelanos, inclusive, da etnia indígena warao, o que promove uma maior adaptação das atividades e serviços em respeito à diversidade cultural apresentada nos espaços.

Sobre a Aldeias Infantis SOS Brasil

A Aldeias Infantis SOS Brasil (SOS Children’s Villages International) é uma organização humanitária, sem fins lucrativos, não governamental e independente, que luta pelo direito das crianças, jovens e adolescentes a viverem em família.

No mundo, é a maior organização de atendimento direto à criança. A Aldeias Infantis SOS Brasil atua junto a meninos, meninas que perderam o cuidado parental ou estão em risco de perdê-lo, além de dar resposta a situações de emergência, com cuidado, proteção e carinho. Fundada na Áustria, em 1949, está presente em 137 países.

No Brasil, atua há 54 anos e mantém mais de 70 projetos, em 31 localidades de Norte ao Sul do país. Ao trabalhar junto com famílias em risco de se separar e fornecer cuidados alternativos para crianças e jovens que perderam o cuidado de suas famílias, a Aldeias Infantis SOS Brasil luta para que nenhuma criança tenha que crescer sozinha.

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