Adolescentes de Candeias (BA) visitam o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira

Além de conferir uma mostra artística, a turma de meninas do projeto Juventudes Digitais conheceu a Ministra da Cultura, Margareth Menezes 

Em novembro, a turma de meninas assistidas pelo projeto Juventudes Digitais de Candeias (BA) esteve presente na reabertura do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), localizado no Centro Histórico de Salvador. Ao todo, 30 adolescentes, com idades entre 15 e 18 anos, foram visitar a megaexposição “Um Defeito de Cor”, que reuniu mais de 350 obras de artistas africanos e das Américas, como pinturas, esculturas, vídeos, entre outros trabalhos artísticos.  

Na ocasião, os jovens tiveram a oportunidade de conhecer a Ministra da Cultura, Margareth Menezes. Natural da Bahia, a ministra, que também é cantora, compositora, atriz e gestora cultural, conversou com a equipe e com os jovens assistidos pela Aldeias Infantis SOS.  

Com o apoio da Dow, o projeto Juventudes Digitais de Candeias promove formações e inclusão digital de jovens, apoiando o autoconhecimento e a inclusão laboral. Durante as aulas, as adolescentes, que são pretas e pardas, têm contato com temas relacionados à diversidade e à representatividade, questões abordadas na prática também durante a mostra.  

Além de marcar a reinauguração do museu após três anos fechado por conta da pandemia, a exposição “Um Defeito de Cor” é uma releitura do romance homônimo da escritora Ana Maria Gonçalves, que promove um paralelo entre o mundo atual e o contexto histórico do Brasil Império, do século XIX. 

Esse fato chamou a atenção da assistida Mayara Silva, de 16 anos, que se surpreendeu com as obras. "Achei muito interessante a exposição ter sido ‘criada’ a partir de um livro escrito por uma mulher negra, que trouxe à tona tudo o que passamos para chegarmos até os dias de hoje. O passeio para o Museu trouxe reflexões interessantes em relação aos retratos, aos documentários e aos textos que eu já conhecia e, por isso, consegui entender perfeitamente. O curso enfatiza as potências negras e, no Muncab, pudemos conhecer mais o passado e o presente das tradições e culturas”, comenta a adolescente. 

Sobre o Muncab 

O MUNCAB é um museu com ênfase na valorização de aspectos da cultura de matriz africana, destacando a sua influência sobre a cultura brasileira. No local, é possível ter contato com trabalhos que falam da identidade negra; da África como o continente de onde se originou toda a humanidade; da questão do tráfico de pessoas que foram escravizadas; da resistência negra, dos quilombos e revoltas.  

O papel do Museu, além de reunir documentação histórico-cultural afro-brasileira, é promover ações e iniciativas intercambiais com os países e culturas africanas, sobretudo aqueles de onde vieram os maiores contingentes de negros escravos, como Angola, Moçambique e Guiné. São promovidos, também, diversas exposições, oficinas e outros eventos educativos. 

Saiba mais em: museuafrobrasileiro.com.br  

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